“Acusam Ernesto Araújo de agir como capacho dos EUA, mas o Centrão é mais capacho ainda”
Na contramão da maioria dos senadores, Telmário Mota, do Pros de Roraima, não saiu em defesa de Kátia Abreu na crise com Ernesto Araújo e fez críticas aos colegas. Ontem, como noticiamos, o ainda ministro das Relações Exteriores, insinuou que a senadora do PP de Tocantins faria parte de um suposto lobby chinês para...
Na contramão da maioria dos senadores, Telmário Mota, do Pros de Roraima, não saiu em defesa de Kátia Abreu na crise com Ernesto Araújo e fez críticas aos colegas.
Ontem, como noticiamos, o ainda ministro das Relações Exteriores insinuou que a senadora do PP de Tocantins faria parte de um suposto lobby chinês para derrubá-lo do cargo.
A referência foi aos interesses da empresa Huawei no mercado do 5G brasileiro. Kátia preside a Comissão de Relações Exteriores. Ela reagiu dizendo que Ernesto “age de forma marginal”.
Vários senadores, como mostramos há pouco, saíram em defesa de Kátia. Telmário não.
“O que é maior do que a circunferência da Terra? A bocarra fisiologista do Centrão! Ao invés de colaborar para resolver os graves problemas do país, produzir leis e fiscalizar o Executivo, que é o papel do Parlamento, quer nomear ministros! O Brasil é presidencialista, senhores!”, escreveu o senador no Twitter.
Mota acrescentou que o Congresso está “chantageando” Jair Bolsonaro para demitir ministros.
“O papel do Parlamento é legislar e fiscalizar o Executivo. Se uma pasta não vai bem, o Congresso pode e deve apontar os erros e cobrar mudanças de orientação. Não é papel do Congressos chantagear o presidente e impor nomes da preferência das maiorias parlamentares (Centrão).”
Ele acrescentou:
“O oportunismo fisiologista do Centrão não tem limites! Aproveitar a crise na diplomacia brasileira, que realmente exige a saída pela condução incompetente de Ernesto Araújo para invadir as atribuições do presidente e querer impor ministros de outras áreas é criminoso!”
E mais:
“Acusam (com razão) Ernesto Araújo de agir como um capacho dos EUA. Mas o Centrão é mais capacho ainda. Quer aproveitar a crise para afastar o ministro Salles, do Meio Ambiente, para puxar o saco de Biden e das ONGs que querem impedir o desenvolvimento econômico da Amazônia.”
Telmário concluiu uma série de mensagens dizendo que “o Brasil vive uma bagunça institucional”.
“O Judiciário quer legislar e o Parlamento quer governar. O Centrão não age para resolver problemas, mas para chantagear por cargos. Querer substituir o ministro Salles para agradar os EUA e as ONGS é falta de patriotismo!”
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