A sequela de uma derrubada do X para os ministros do Supremo A sequela de uma derrubada do X para os ministros do Supremo
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A sequela de uma derrubada do X para os ministros do Supremo

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Redação O Antagonista
5 minutos de leitura 30.08.2024 07:42 comentários
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A sequela de uma derrubada do X para os ministros do Supremo

Moraes determinou apontamento de um novo representante do X no Brasil sob risco de derrubá-lo do ar. O prazo acabou às 20h07 de quinta, 29

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A sequela de uma derrubada do X para os ministros do Supremo
Foto: Fellipe Sampaio /STF

A rede social X segue no ar no Brasil até às 7h25 desta sexta-feira, 30 de agosto, apesar do fim das 24 horas do ultimato de Moraes ao proprietário do X, Elon Musk.

O ministro determinou que o bilionário apontasse um novo representante da rede social no Brasil sob risco de derrubá-la do ar. O prazo acabou às 20h07 da quinta, 29.

Uma eventual derrubada do X, entretanto, atingiria a influência dos 11 ministros do STF, que somam 3,9 milhões de seguidores na rede.

O levantamento foi primeiro divulgado pelo Globo.

Quem lidera é Flávio Dino, com 1,2 milhão de seguidores. Ele é o único ministro com passagem por cargos eletivos, tendo sido governador do Maranhão entre 2015 e 2022 e senador da República entre 2023 e 2024, além de ministro da Justiça de Lula 3.

Em seguida, vem o próprio Moraes, com 1,1 milhão.

Nenhum outro ministro passa do milhão de seguidores.

O terceiro mais popular na rede é Gilmar Mendes, 518 mil. E o quarto, André Mendonça, 501 mil.

Com pouco menos de 413 mil seguidores, Luís Roberto Barroso é o quinto ministro mais popular no X. Cristiano Zanin vem depois, com 166 mil.

Os ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia e Luiz Fux não têm conta na rede social.

Existe um perfil sem atividade atribuído ao ministro Kássio Nunes Marques, com pouco menos de 30 mil seguidores, dentre eles Barroso.

X espera ser derrubado

Moraes determinou que Musk apontasse um novo representante da rede social no Brasil sob risco de derrubá-la do ar. O prazo acabou às 20h07 da quinta, 29.

Em nota oficial, pela noite, o X afirmou que “espera” que Moraes “ordene o encerramento” da plataforma.

A empresa também antecipou que não cumprirá com “as ordens ilegais” de Moraes de “censurar os seus oponentes políticos”, em referência a ordens de suspensão de contas de figuras políticas, como o senador Marcos Do Val (Podemos-ES).

“Em breve, esperamos que o juiz Alexandre de Moraes ordene o encerramento de X no Brasil – simplesmente porque não cumpriríamos as suas ordens ilegais de censurar os seus oponentes políticos. Esses inimigos incluem um senador devidamente eleito e uma menina de 16 anos, entre outros”, disse a plataforma. A menina de 16 anos é a filha de um blogueiro bolsonarista que também foi alvo de pedido de derrubada de perfil.

O X ainda fez referência à saída de suas operações físicas no Brasil: “Quando tentamos nos defender em tribunal, o Juiz de Moraes ameaçou o nosso representante legal brasileiro com prisão. Mesmo depois que ela renunciou, ele congelou todas as suas contas bancárias. As nossas contestações contra as suas ações manifestamente ilegais foram rejeitadas ou ignoradas. Os colegas do juiz de Moraes no Supremo Tribunal não querem ou não podem enfrentá-lo”.

“Não estamos absolutamente insistindo que outros países tenham as mesmas leis de liberdade de expressão que os Estados Unidos. A questão fundamental em jogo aqui é que o Juiz de Moraes exige que infrinjamos as próprias leis do Brasil. Simplesmente não faremos isso”, acrescenta.

A plataforma ainda anunciou: “Nos próximos dias, publicaremos todas as demandas ilegais do Juiz de Moraes e todos os processos judiciais relacionados, no interesse da transparência”.

Qualquer empresa que opere no Brasil precisa indicar um representante legal para poder receber ações judiciais em nome dela.

O X deixou de ter representação legal quando encerrou suas operações físicas no Brasil em 17 de agosto.

A empresa alegou que Moraes “ameaçou” prender o então representante legal da plataforma no país.

Apesar de encerrar suas operações físicas, o X é alvo de uma série de ações judiciais no Brasil diariamente, como pedidos de retirada de publicações ou de contas, que vão além das ordens do ministro do STF.

Para garantir o pagamento de multas aplicadas à rede social X, o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mandou bloquear recursos de outra empresa de Elon Musk, a Starlink, que opera no Brasil fornecendo serviços de internet por satélite.

Segundo o ministro, Starlink e X fariam parte de um “grupo econômico de fato” e por isso o dinheiro de uma poderia ser usado para cobrir as dívidas legais da outra.

Esse é mais um lance inusitado no confronto do ministro brasileiro com o bilionário. A ideia de confiscar recursos de uma empresa para cobrir obrigações de outra é, no mínimo, heterodoxa.

A decisão teria sido assinada por Moraes em 18 de agosto, um dia depois de Musk anunciar o fechamento dos escritórios do X no Brasil – segundo o bilionário, para evitar que “ameaça” de prisão contra Rachel de Oliveira Villa Nova Conceição, responsável pela empresa no Brasil, pudesse ser cumprida.

Em nota, a Starlink chamou a medida de “determinação infundada”.

“Esta ordem é baseada em uma determinação infundada de que a Starlink deveria ser responsável pelas multas aplicadas – inconstitucionalmente – contra X. Ela foi emitida em segredo e sem proporcionar à Starlink qualquer dos devidos processos legais garantidos pela Constituição do Brasil. Pretendemos abordar o assunto legalmente”, disse a Starlink em nota publicada no X.

“Hoje, a Starlink está conectando mais de 250 mil clientes no Brasil – da Amazônia ao Rio de Janeiro – incluindo pequenas empresas, escolas e socorristas, entre muitos outros. Estamos orgulhosos do impacto que o Starlink está causando nas comunidades de todo o país, e a equipe do Starlink está fazendo todo o possível para garantir que seu serviço não seja interrompido”, acrescentou.

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