“A ideia de que Janot esteja a serviço do Planalto é ridícula”
Já comparamos Elio Gaspari ao seu personagem Eremildo. Também já o elogiamos. O jornalismo político (honesto) é assim: volúvel como a água.Vamos reproduzir o que Elio Gaspari escreve hoje na Folha sobre a recondução de Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República...
Já comparamos Elio Gaspari ao seu personagem Eremildo. Também já o elogiamos. O jornalismo político (honesto) é assim: volúvel como a água.
Vamos reproduzir o que Elio Gaspari escreve hoje na Folha sobre a recondução de Rodrigo Janot ao cargo de procurador-geral da República:
“Tudo indica que hoje o Ministério Público colocará o procurador-geral Rodrigo Janot na cabeça da lista tríplice a ser encaminhada à doutora Dilma, e que ela remeterá seu nome à apreciação do Senado. Os Pais da Pátria têm poderes constitucionais para rejeitá-lo, ou mesmo para cozinhá-lo em fogo brando. Se fizerem isso, colocarão a Casa em oposição à faxina que vem sendo feita na administração do país. Aí sim, estará criada uma crise, a da desesperança e da revolta diante do escárnio.
“Não há contra Janot um fiapo de acusação por práticas irregulares. Ele, a Lava Jato e os procuradores mostraram que trabalham na defesa da moralidade pública. A ideia de que Janot esteja a serviço do Planalto é ridícula. Se as investigações chegaram a hierarcas de outros partidos, sobretudo do PMDB, isso nada tem a ver com o Palácio, mas com a biografia de cada um deles. Pior: cada hierarca sabe onde o Ministério Público achou seu rabo preso. A tática de fugir atacando fracassou.”
O Antagonista ecoa Elio Gaspari: a ideia de que Rodrigo Janot esteja a serviço do Planalto é ridícula — e, se os parlamentares recusarem o seu nome, será um escárnio.
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