A farra dos conselhos no governo Lula
Segundo o 'Estadão', 323 aliados tiveram salários turbinados por indicações para conselhos de estatais e empresas nas quais a União é acionista

O governo Lula (PT) já turbinou os salários de 323 aliados nomeados para conselhos de estatais ou de empresas privadas das quais a União é acionista, registrou o Estadão.
Pela simples participação nas reuniões dos colegiados, cada conselheiro pode receber adicionais que elevem seus salários a mais de 80 mil reais.
Entre os indicados para os conselhos estão ministros, secretários-executivos, chefes de gabinete, assessores do Palácio do Planalto, servidores comissionados, dirigentes do PT, ex-parlamentares do partido e apadrinhados do Congresso.
Quais ministérios mais indicaram conselheiros
O levantamento realizado pelo jornal aponta que o Ministério da Fazenda, chefiado por Fernando Haddad, é a pasta que mais indicou conselheiros para estatais e empresas privadas: 101.
O Ministério da Gestão, de Esther Dweck, aparece em segundo lugar na lista, com 44 indicações, seguido por Minas e Energia, 23, Desenvolvimento Agrário e Portos e Aeroportos, com 13 indicações cada.
Preferência por aliados nos conselhos
Embora os conselhos fiscais e de administração sejam responsáveis por decisões estratégicas, o governo Lula tem distribuído cargos a aliados sem credenciais técnicas.
Segundo o jornal, esse é o caso de Débora Raquel Cruz Ferreira, chefe de gabinete da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), vinculada ao Ministério da Gestão.
Formada em jornalismo, ela é conselheira da Empresa Gerencial de Projetos Navais (EMGEPROM), que atua para “promover a indústria militar naval brasileira”.
Antes de atuar no Ministério da Gestão, Débora trabalhou como assessora de imprensa do Ministério dos Esportes e de outros órgãos, como a Câmara, o governo do Distrito Federal e um sindicato de trabalhadores da saúde.
Ministros
A falta de credenciais também se repete no primeiro escalão do governo Lula.
A ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, por exemplo, é formada em letras.
Todavia, isso não a impediu de ocupar uma vaga no conselho de administração da Tupy, metalúrgica da qual o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) é acionista.
Apenas em 2024, a companhia distribuiu 4,28 milhões de reais em remunerações aos integrantes do colegiado.
O valor é equivalente a 39 mil reais por mês para cada um deles.
O ministério da Igualdade Racial diz que “Anielle Franco tem experiência em gestão institucional, é referência nos debates sobre diversidade, ações afirmativas e direitos humanos nacional e internacionalmente e é ministra de estado da agenda da Igualdade Racial no Brasil, tendo, portanto, condições de promover reais e ricas contribuições”.
O que diz o governo Lula?
Ao jornal, o Palácio do Planalto afirmou que as nomeações seguem exigências da Lei das Estatais.
Além disso, elas passam por avaliação dos comitês de elegibilidade das empresas que verificam a conformidade dos processos de indicação.
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Comentários (4)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
30.04.2025 10:22Adivinhem porque a esquerdalha é tão contra as privatizações e totalmente a favor de estatizações.
Annie
28.04.2025 10:25E aquela velha frase farra com o dinheiro publico.
Marcia Elizabeth Brunetti
28.04.2025 09:31E assim segue o Brasil. Sempre aconteceu, mas o Governo do amor e socialista de fachada tiveram diversas oportunidades de mudar essa condição. Mas o negócio é criar cargos para a gangue , impostos para o trabalhador e esmolas para os pobres.
MARCOS
28.04.2025 09:22TODOS SABEM QUE ISSO É UMA PILANTRAGEM GOVERNAMENTAL MAS NÃO É PRIVILÉGIO DESSE GOVERNO CORRUPTO. ISSO EXISTE DESDE SEMPRE.