Trump e Lula: se der mesmo “match”, Tarcísio e os Bolsonaro subirão de vez no telhado

15.11.2025

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O Antagonista

Trump e Lula: se der mesmo “match”, Tarcísio e os Bolsonaro subirão de vez no telhado

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Ricardo Kertzman
4 minutos de leitura 06.10.2025 15:32 comentários
Análise

Trump e Lula: se der mesmo “match”, Tarcísio e os Bolsonaro subirão de vez no telhado

Diante do histórico nada abonador de ambos, apostar em uma solução em curto prazo para os problemas tratados é ser, mais do que otimista, presa fácil para embusteiros populistas

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Trump e Lula: se der mesmo “match”, Tarcísio e os Bolsonaro subirão de vez no telhado
Imagem: IA por José Inácio Pilar

Quando narcisistas ególatras – e costumeiramente mentirosos – se encontram e acenam dar as mãos em um acordo, é bom desconfiar. Primeiro, desconfiar do que será acordado. Segundo, da execução do próprio acordo. Terceiro, da durabilidade e da eficácia do ajuste. No caso de Donald Trump e Lula da Silva, contumazes propagandistas de si mesmos e em desarmonia constante com a realidade e os fatos, tanto mais prudente e necessário.

A reunião virtual ocorrida nesta segunda-feira, 6, entre os presidentes dos Estados Unidos e do Brasil – acompanhados por seus auxiliares mais próximos -, para tratar de assuntos políticos, diplomáticos e comerciais está sendo analisada como o início de um acordo que poderá colocar fim às tarifas impostas pelos EUA aos produtos brasileiros com destino ao país e também às sanções da Lei Magnitsky contra membros do STF e suas famílias.

Trump anunciou, há mais de 20 semanas, “Para daqui a duas semanas”, o fim da guerra na Ucrânia, após a invasão bárbara de seu “amigão” Vladimir Putin ao país de Volodymyr Zelensky. Igualmente – como fez dias atrás novamente -, sem cumprir, prometeu “O inferno sobre o Hamas” se o grupo terrorista não libertasse imediatamente os reféns da carnificina de 7 de outubro de 2023 em Israel. Sem falar na “causa e na cura” do autismo.

O que falam, não se escreve

Esta manhã, tive uma ótima conversa telefônica com o Presidente Lula, do Brasil. Discutimos muitos assuntos, mas o foco principal foi a economia e o comércio entre nossos dois países. Teremos novas discussões e nos encontraremos em um futuro não muito distante, tanto no Brasil quanto nos Estados Unidos. Gostei da conversa, nossos países se darão muito bem juntos!”, publicou o americano em sua rede social, Truth Social.

Lula, por sua vez, é conhecido por suas bravatas e mentiras sobre quase tudo e todos: do combate à fome, passando pelo crescimento econômico, à sua inocência nos processos em que foi condenado na Suprema Corte brasileira –  ou até mesmo por um tribunal da ONU. O “cara” já culpou Israel, por exemplo, pelo assassinato premeditado de milhões de crianças e de mulheres em Gaza. Sim. Milhões. Não milhares. E premeditado. Meu Deus!

Considero nosso contato como oportunidade para a restauração das relações amigáveis de 201 anos entre as duas maiores democracias do Ocidente. Recordei que o Brasil é um dos três países do G20 com quem os EUA mantêm superávit na balança de bens e serviços. Solicitei ao presidente Trump a retirada da sobretaxa de 40% imposta a produtos nacionais e das medidas restritivas aplicadas contra autoridades brasileiras”, disse Lula.

Subindo no telhado?

Diante do histórico nada abonador de ambos, e diante da insustentabilidade do que dizem e fazem, apostar em uma solução em curto prazo para os problemas tratados é ser, mais do que otimista, presa fácil para embusteiros populistas. Pessoalmente, não confio em uma mísera palavra dos dois, o que não significa, obviamente, que algo positivo não possa de fato vir a ocorrer em prol da pacificação da relação entre os dois países.

Desde a “fuga” de Eduardo Bolsonaro para os EUA e o início de sua sanha tresloucada contra o Judiciário brasileiro e o próprio país, concomitantemente com o tarifaço de Trump, Lula vem experimentando a recuperação de sua aprovação. Caso um acordo – ainda que pequeno e inicial – realmente aconteça, será a “pá de cal” na alopragem de Dudu Bananinha, bem como um outro tirambaço a ferir ainda mais gravemente o pai, Jair.

Também atingido nessa mesma hipótese será Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, que, provavelmente, repensará em definitivo sua candidatura à Presidência da República. Boa notícia para Zema, Caiado e Ratinho Júnior. E péssima para Ciro Nogueira. Pois é. Se “Os ventos do norte não movem moinhos”, ao menos movem pessoas. E quando, ao invés de um vento sopra um furacão laranja, o xadrez 4D bolsonarista desmorona como areia. 

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Ricardo Kertzman

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Comentários (2)

Um_velho_na_janela

07.10.2025 14:09

Mais uma epifania de luz, análise e lógica, do Ricardo sobre o affaire Lula X Trump, raciocinando objetiva e claramente sobre ego mania, narcisismo, esperteza e malícia, atributo dos dois novos amigos (da onça).O Ricardo esqueceu um pequeno detalhe, quem chegará às vias de fato será o tal de Rubio, mais nocivo do que seu chefe.


Joaquim Arino Durán

07.10.2025 11:16

Até Lula parece adquirir um tom alaranjado...


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