O desafio da Audi na Fórmula 1
A Audi entrará na Fórmula 1 em 2025, mas os desafios para chegar ao sucesso parecem maiores do que o antecipado
Como já se sabe oficialmente desde 2022, os alemães da Audi entrarão com equipe e motores próprios na categoria em 2026, mas os desafios para o sucesso, que já seriam grandes em qualquer outra categoria, parecem maiores do que o antecipado.
A ideia inicial era comprar uma equipe que já estivesse na categoria para, com essa base mais sólida e experiente, construir uma estrutura ainda mais robusta, de pilotos e engenheiros, visando ganhar musculatura até desembocarem em vitórias no médio e longo prazo.
A equipe já foi comprada, mas está atrasada
Essa equipe existe e já foi comprada, é a suíça Sauber. Só que a equipe está em pior forma que o esperado, sendo nos últimos anos uma fraca competidora no grid, exigindo dos novos donos, que a assumiram somente no início desse ano, pesados investimentos em infraestrutura, que estava defasada.
Só que não só de prédios modernos e túnel de vento vive uma equipe, ela precisa de pessoas, e para azar deles, os melhores nomes da Fórmula 1 não são muito simpáticos à ideia de se mudar para os alpes, visto que quase 80% das equipes e sua força de trabalho residem na Inglaterra, de onde não pensam em sair se não valer muito a pena.
Assim como contratar as pessoas certas não está sendo fácil ou barato, outro tipo de mão de obra que estão penando em conseguir é a de um piloto principal, visto que só tem uma vaga definida para os próximos anos, a do já anunciado alemão Nico Hulkenberg.
Ainda não convenceram
Eles estão oferecendo um bom dinheiro para quem acelerar por lá a partir de 2025, só que eles querem um piloto que já seja ganhador de corridas e experiente, como Carlos Sainz Jr., hoje na Ferrari e que sairá de lá para dar espaço à Lewis Hamilton no fim do ano.
O problema é que o espanhol não parece muito inclinado a aceitar o convite, especialmente para um contrato de longo prazo como quer a Audi, justamente por desconfiar que eles terão dificuldades em ser competitivos com tantas mudanças e novidades ao mesmo tempo, incluindo com a criação e operação de um motor 100% novo em 2026.
Sainz, que em breve fará 30 anos, sabedo que não tem muito tempo para aproveitar o pico de sua carreira, alimenta ideias de correr em equipes mais bem estabelecidas, mesmo que não pareça haver vagas para ele por enquanto, e tem preferido esperar para ver, impacientando os desprestigiados alemães.
Paciência e pé no chão
Percebendo que não são tão atraentes como gostaria, talvez a Audi tenha que aceitar alguém por menos tempo ou com um perfil menos virtuoso, seja dentre os pilotos que ainda não tem contrato assinado, seja apostando suas fichas num novato, já que terão ao menos um piloto experiente para liderá-los nesse processo.
Em paralelo, precisarão administrar cobranças bastante elevadas por vitórias e títulos junto ao seu público, imprensa e até mesmo diretoria, (que sofre disputas internas pelo poder e) que tem investido muito dinheiro no projeto, por se tratar de uma marca que tem histórico de ganhar em todas as categorias pelas quais passou, do Rally às 24 Horas de Le Mans.
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