Lula largou o governo de olho em 2026
Presidente simplesmente desistiu de tentar fazer o governo funcionar. Como diria uma outra petista, Lula dobrou a meta; pior para o Brasil

O primeiro sinal foi dado pela troca de Nísia Trindade por Alexandre Padilha (à esquerda na foto) no Ministério da Saúde. A reforma ministerial, que deveria melhorar a relação do Palácio do Planalto com o Congresso Nacional, começava indicando outro caminho.
Esse rumo foi reforçado pela escolha da deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR, à direita na foto) para a articulação política do governo no lugar de Padilha. Se o petismo do ex-ministro das Relações Institucionais incomodava o Congresso, o que esperar de uma presidente do PT?
O terceiro sinal de que Lula (ao centro na foto) resolveu largar o próprio governo e começar a preparar prematuramente a própria reeleição — ou o terreno para um aliado concorrer em 2026 — foi a adoção de um medida inócua para combater a inflação dos alimentos.
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Só discurso
Como O Antagonista destaca desde que o presidente começou a demonstrar incômodo com os preços dos alimentos, em janeiro, a única medida efetiva que o governo poderia tomar para conter a inflação é o controle dos próprios gastos, de preferência com reformas estruturais.
Fora disso, é tudo discurso — e discurso serve para ganhar eleição, não para governar. A sensação de que Lula e seus aliados resolveram abandonar o governo é reforçada pelas pautas prioritárias da bancada do PT na Câmara.
Os petistas resolveram apostar neste ano no fim da escala de trabalho 6×1 e na isenção do Imposto de Renda para quem ganha até 5 mil reais. A aprovação da primeira pauta pelo Congresso é inviável, e a segunda demandaria uma contrapartida para compensar o que o governo deverá parar de arrecadar — num cenário em que já falta dinheiro para cumprir as promessas populistas.
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Cedo demais
O que Lula resolveu fazer não é novo na política brasileira. Pelo contrário. Em ano eleitoral, já se prevê que todo gestor público adotará o modo reeleição. Mas nós ainda não estamos em ano eleitoral, e o Palácio do Planalto já turbinou seus gastos com propaganda e com programas sociais.
O problema é que o governo já tinha gastado demais em seus dois primeiros anos, e, ao contrário do prometido por Lula, a “colheita” não veio, e sim uma queda progressiva de popularidade. Em vez de tentar corrigir a rota, a aposta parece ser dobrar a meta, como diria outra petista.
Enquanto os governistas se abraçam ao discurso eleitoreiro cedo de demais e deixam no colo do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, a responsabilidade por conter a inflação, o Orçamento federal para este ano nem sequer foi aprovado — a próxima previsão é de tentar em 19 de março.
Se o governo Lula já foi irresponsável nos dois primeiros anos, gastando mais do que devia em busca de uma aprovação que não veio e, ainda por cima, alimentou a inflação que hoje ele alega combater, é de se esperar que a economia do país se desequilibre ainda mais em nome de um projeto de poder cambaleante.
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Comentários (3)
MARCOS
11.03.2025 20:55O EX-PRESIDIÁRIO VAI VENDER O BRASIL PARA O CENTRÃO. SE SOBRAR ALGUMA COISA DEPOIS DE 2026, HAJA FOME E MISÉRIA NO BRASIL. FAZ O L NOVAMENTE CAMBADA DE IDIOTAS.
Angelo Sanchez
11.03.2025 15:02Depois de tropeçar muito na política econômica o "descondenado", aposta que o brasileiro gosta de corruptos e vai tentar nova eleição, porém, desta vez o povo acordou e viu que políticos corruptos não são confiáveis para governar este país, até o cidadão nordestino desaprova o "descondenado".
Claudemir Silvestre
11.03.2025 12:20O governo LULA 3 na verdade NEM COMEÇOU !!! Este INFELIZ NÃO FEZ NADA em mais de 2 anos de DESGOVERNO !!