Lula é um falso ideólogo que perdeu a conexão com a realidade
O chefão do PT se diz defensor dos direitos humanos, mas escolhe os humanos certos. Os que servem à sua farsa

Desde 7 de outubro de 2023, Lula adotou como política oficial de Estado – e gosto pessoal – o ataque sistemático a Israel. Começou dizendo que a resposta israelense ao maior massacre de judeus desde o Holocausto era “insana”. Depois, afirmou que “Não é guerra, é genocídio”. Em fevereiro de 2024, teve a grotesca ideia de comparar Israel a Hitler: “O que está acontecendo na Faixa de Gaza só aconteceu quando Hitler decidiu matar os judeus.”
Em sua recente visita “lambe-botas” à Rússia, em 10 de maio de 2025, direto de Moscou, ao lado do tirano sanguinário Vladimir Putin, foi além: declarou que Israel bombardeia hospitais e assassina mulheres e crianças deliberadamente, sob o pretexto de eliminar terroristas. No dia seguinte, imprensa independente, comunidade judaica e Conib reagiram com firmeza e o acusaram, com todas as letras, de antissemitismo.
A entidade lembrou que “Acusar judeus de matar crianças é uma das formas mais antigas e deploráveis de antissemitismo”, e que Lula promove esse tipo de discurso há meses. Mais uma vez, o líder operário, suposto defensor da justiça, foi exposto como alguém que instrumentaliza o sofrimento palestino para alimentar sua cruzada ideológica. E o faz ao lado de ditadores reais — como Putin, Maduro e os aiatolás iranianos.
Mas por que Lula faz isso?
Porque é, antes de tudo, um homem de narrativas, não de fatos. Sua visão de mundo é binária, maniqueista, velha. Ele enxerga o planeta dividido entre opressores e oprimidos. E, nesse enredo, Israel, uma democracia plural, alvo de atentados, atacada brutalmente em 7 de outubro de 2023, precisa ser o vilão. O Hamas, por sua vez, é “resistência”. Mesmo que tenha queimado bebês, estuprado mulheres diante dos filhos e sequestrado civis.
A verdade não interessa a Lula. O que importa é o roteiro. E nesse roteiro, Israel encarna o capitalismo ocidental, a aliança com os EUA, a supremacia tecnológica, o sucesso militar e a liberdade institucional – tudo o que Lula detesta. Porque ele não é um líder de esquerda. É um ressentido com complexo de Messias. Um político que se vê como redentor dos pobres e justiceiro dos oprimidos, ainda que se alie às piores ditaduras do século.
Lula não apenas apoia ditadores. Ele se projeta neles. Sente inveja da autoridade inconteste. Admira quem prende opositores e censura imprensa. Almeja o poder absoluto, embora jogue o jogo democrático quando convém. Seu histórico revela essa atração constante pelo autoritarismo. Apoia ditaduras bolivarianas, bajula teocracias, relativiza guerras de agressão. Não por distração, mas por identidade.
Erro ou método?
É por isso que ataca Israel com tanta fúria. Porque Israel é a antítese do lulismo: é próspero, autocrítico, livre e bem-sucedido, mesmo cercado por inimigos. É uma democracia vibrante com uma imprensa crítica, Judiciário atuante e alternância de poder. E é judeu. O que, no subconsciente coletivo da esquerda latino-americana, já é suficiente para ser culpado de alguma coisa – ou de quase tudo!
Lula virou um personagem grotesco: o indignado seletivo. Silencia sobre os oprimidos e perseguidos na China, sobre as mulheres e homossexuais decapitados no Irã, sobre os civis massacrados na Síria, sobre os dissidentes assassinados na Rússia e Venezuela, mas ergue a voz indigna quando pode acertar sua pedrada retórica no único Estado judeu do planeta e na única democracia do Oriente Médio.
O chefão do PT se diz defensor dos direitos humanos, mas escolhe os humanos certos. Os que servem à sua farsa, os que se encaixam na velha luta de classes, os que ele pode manipular como vítimas perfeitas. O resto, inclusive os judeus massacrados em 7 de outubro, ele ignora ou trata como dano colateral da sua “geopolítica humanista”. A verdade é uma só: Lula não é neutro, nem pacifista, nem coerente. Ele é um ideólogo que perdeu qualquer conexão com a realidade.
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Comentários (10)
Viviane Santos de Sá e Souza
17.05.2025 11:56Me impressiona ele ainda ter tanta influência sobre muitas pessoas! Já fui eleitora dele nos primeiros mandatos, mas vi o que ele e o partido envolvidos em corrupção. Isso já foi suficiente para mim. Soma a isso o antissemitismo repulsivo dele que vi pessoas aderindo sem qualquer preocupação em checar os fatos. É lamentável demais! Parabéns, Ricardo! Admiro seu brilhante trabalho!
Marcilio Monteiro De Souza
16.05.2025 10:58LL, É um aventureiro e mal intencionado que tira todo povo brasileiro como trouxa. Ele e a sua organização criminosa.
F-35- Hellfire
13.05.2025 22:10Lula está aparecendo demais na imprensa, mas sempre no sentido negativo, cai vertiginosamente nas pesquisas e quanto mais cai, mais mentiras e atuações negativas protagoniza. Então ficam criticas e imagens negativas do ex-candidato ao prêmio Nobel da paz...que tem também o título de primeiro presidente brasileiro a ser preso por motivos amplamente conhecidos, tais como mentiras, prevaricação, roubo, corrupção e outros tantos mais...
Denise Pereira da Silva
13.05.2025 19:06Lula é pura maldade rancorosa travestida de ser humano.
Guilherme Rios Oliveira
13.05.2025 18:32Parabéns Ricardo, brilhastes mais uma vez!!!!
Alberto
13.05.2025 17:18Lula não passa de um oportunista, sempre foi quando negociava as greves no ABC e a esquerda naquela época que não tinha líderes capazes investiu nessa figura decrépito, que sempre foi muito vivo no sentido de enganar,entrou nessa conversa da esquerda e os manipula até hoje com sua república sindicalista, desgraça deste país.
Ita
13.05.2025 16:38100%.
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
13.05.2025 16:21Lula é um populista da pior espécie. Se expressar minha opinião sincera sobre ele perderei meu réu primário, então que cada um imagine o que de pior pode existir em uma pessoa, assim penso.
Ana Maria
13.05.2025 15:58Grande Ricardo, descreveu com precisão o nanico Lula
Alinete Lemos
13.05.2025 13:39Parabéns, descreveu 100% o que o Lula é.