Escândalo do INSS e aposentadoria compulsória de Lula
O escândalo do roubo de aposentados e pensionistas escancara a hipocrisia petista. Roubar velhinhos é o fim da picada.

Sobre esse novo escândalo de corrupção federal, dessa vez no âmbito do INSS, uma das manchetes que corre na cobertura televisiva é esta: “Tirando de quem mais precisa”.
A eficácia antigovernamental dessa manchete vem, claro, do fato muito conhecido de que em todos os governos petistas uma das retóricas mais usadas é que tais governos trazem benefícios, especialmente, “para os que mais precisam”.
O escândalo do roubo de aposentados e pensionistas escancara a hipocrisia petista. Roubar velhinhos é o fim da picada.
O marqueteiro Sidônio Palmeira não conseguiu ainda engendrar uma narrativa verossímil capaz de limpar a barra do governo.
A forma como o governo Lula busca se afastar do escândalo é frágil. De modo geral, apresenta-se, com apoio da mídia chapa branca, como agente desarticulador de um esquema de corrupção que teria começado no governo Bolsonaro.
Ocorre que a averiguação dos anos em que foram celebrados os convênios fraudulentos com INSS mostra que alguns são de antes do governo Bolsonaro e outros realizados já neste atual governo.
Além disso, do montante de pouco mais de RS$ 6 bilhões subtraídos dos aposentados e pensionistas, nada menos que 63,75% se deram entre 2023 e 2024; ou seja, na alvorada do governo Lula.
Durante mais de dois anos do governo Lula, os aposentados e pensionistas continuaram a ser roubados descaradamente por associações de classe conveniadas com o INSS com o alegado propósito de lhes prestar serviços.
Dentre os sindicatos e associações envolvidas no escândalo, contam-se velhas aliadas do lulopetismo; uma delas dirigida por Frei Chico, irmão do presidente Lula.
Lula mandou demitir o presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, mas não teve coragem de demitir o titular do Ministério da Previdência Social, órgão ao qual o INSS está subordinado.
Esse poderoso ministro é Carlos Lupi (PDT), que, em entrevista ao lado do ministro da Justiça Lewandowski, assumiu total responsabilidade pela nomeação de Stefanutto, a quem elogiou como sendo pessoa “exemplar”.
Tem muita gente exigindo a cabeça de Lupi, inclusive alguns lulistas tarimbados. Diante da dimensão do escândalo, sua permanência seria uma desmoralização para o governo Lula.
Ocorre que, para um governo que conseguiu se eleger mesmo depois de ter protagonizado o escândalo de corrupção da Petrobrás, aparentar moralidade pública pode ser menos importante do que manter alianças partidárias.
Até o momento em que escrevo, Lupi declara que fica, e Lula não declara nada.
Luiz Inácio Lula da Silva é um político resiliente; porém, tudo tem limite e tudo chega ao fim, inclusive a passividade dos brasileiros diante de tais descalabros.
Lula chegou ao seu outono; na idade e na política. É imprescindível que o Brasil prepare sua aposentadoria política compulsória para 2026.
Sua aposentadoria, claro, não vai ser como a de milhões de brasileiros: um salário mínimo com desconto de algumas dezenas de reais surrupiados por convênios de fachada. Será algo mais nababesco.
Que volte, pois, para casa com sua Janja, usufruindo do que milhares de outros idosos não têm condições de usufruir, mas que liberte a vida política brasileira da sua danosa presença.
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Comentários (7)
Clayton De Souza pontes
03.05.2025 09:12O Lula foi o grande gestor do Petrolão e de outras roubalheiras. Conseguiu mais um feito pra sua coleção de falcatruas. O septo que os eleitores se lembrem desse currículo
Beth 11
26.04.2025 11:11Exatamente!!
Washington
26.04.2025 09:09Agora é que os aposentados vão mesmo se mexer para aposentar Lula da política em 2026.
saul simoes junior
25.04.2025 17:25Já divulgaram a relação dos "beneficiados" com este golpe. Quais contas foram bloqueadas até agora. Ou só quem usa batom é que tem conta bloqueada. Cadê o protetor da democracia não vai colocar isso no inquérito do fim do mundo. Esse sim é um assunto do fim do mundo!
Joaquim Arino Durán
25.04.2025 16:53Tão escandaloso ou pior, é a determinação do governo Lula através do seu representante e presidente do STF de impedir o cumprimento do decidido em diversos julgamentos. A Revisão da Vida Toda é emblemática de como o desrespeito aos direitos dos aposentados e a total insegurança jurídica caracterizam a administração petista e do seu puxadinho, o STF.
CESAR AUGUSTO DIAS MARANHAO
25.04.2025 15:37Ouvi o ministro da injustiça dizendo que o dinheiro será devolvido com juros e correção monetária. Como ex-ministro do STJ ele não sabe que em uma relação de consumo a devolução tem que ser o dobro do valor surrupiado?
Maria Aparecida Visconti
25.04.2025 15:30perfeito