Em defesa de Israel contra a teocracia islâmica e o antissemitismo de esquerda

20.07.2025

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O Antagonista

Em defesa de Israel contra a teocracia islâmica e o antissemitismo de esquerda

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Catarina Rochamonte
8 minutos de leitura 21.06.2025 16:21 comentários
Análise

Em defesa de Israel contra a teocracia islâmica e o antissemitismo de esquerda

Embora o governo brasileiro e todos os seus tentáculos de cooptação formem uma linha de frente dos partidários da tirania dos turbantes, cabe a nós outros que discordamos da diplomacia do mal levada a cabo por Lula, deixarmos claro nosso posicionamento

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Catarina Rochamonte
8 minutos de leitura 21.06.2025 16:21 comentários 10
Em defesa de Israel contra a teocracia islâmica e o antissemitismo de esquerda
Reprodução

Protótipo de atraso e opressão, o regime teocrático do Irã, que apedreja, chicoteia e estupra mulheres rebeldes, além de enforcar homossexuais, vem sendo acolhido entusiasticamente por parte significativa da esquerda.

No Brasil, partidos políticos e intelectuais marxistas estendem-se em incontidos devaneios, quando chegam a proclamar a tenebrosa teocracia dos aiatolás como farol de uma revolução mundial libertadora e progressista.

Essa febre ideológica da esquerda pró-Irã abre-se na linha de uma regurgitação antissemita que se alastra no mundo desde o massacre brutal perpetrado pelos terroristas do Hamas em solo israelense, em 7 de outubro de 2023.

Desde então, a esquerda antissemita, animada pela ousadia cruel do Hamas, tem se fixado no objetivo da extinção do Estado de Israel; o que só pode acontecer através do extermínio de milhões de judeus; ou seja: um novo holocausto.

O Irã é a Pérsia. Os persas já foram aliados dos judeus, durante a Antiguidade, quando desempenharam um papel central na libertação do povo hebreu do exílio na Babilônia e apoiaram a reconstrução do templo em Jerusalém.

Na contemporaneidade, durante o reinado de Mohammad Reza Pahlavi, o último xá do Irã (1941–1979), a relação entre o Irã e Israel era estreita, cooperativa e estratégica, embora não oficialmente reconhecida.

O motivo principal do afastamento e hostilidade do Irã em relação a Israel é o fundamentalismo islâmico. Desde a Revolução Islâmica de 1979, os aiatolás do Irã expressam abertamente seu objetivo de destruir Israel.

O perverso desiderato não fica apenas no plano das ideias, mas busca efetivar-se através do armamento e financiamento de grupos terroristas localizados em outros países e que agem diretamente contra Israel; é o caso do Hamas em Gaza, do Hezbollah no Líbano e dos Houthis no Iêmen.

O Irã lidera hoje o eixo do terror para destruição de Israel. Nenhuma pessoa de razoável compreensão deixará de entender que o empenho extraordinário do Irã para ter uma bomba nuclear tem por objetivo usar tal artefato na consecução da sua estratégia político-militar maior: a destruição de Israel.

A luta de Israel contra o Irã é claramente uma luta pela sua própria sobrevivência. Sem exagero retórico, trata-se de uma guerra existencial para os judeus. Israel não pode, sob hipótese alguma, permitir que o Irã tenha uma bomba atômica.

Essa questão tem sido intensamente exposta e comentada. Repito aqui o que já se sabe por entender que seja imperioso, nesse momento, uma tomada de posição clara por parte de todos aqueles que têm voz no debate público.

Embora o governo brasileiro e todos os seus tentáculos de cooptação formem uma linha de frente dos partidários da tirania dos turbantes, cabe a nós outros que discordamos da diplomacia do mal levada a cabo por Lula, deixarmos claro nosso posicionamento.

Quando Hitler ascendeu ao poder e ameaçou o mundo, importava menos teorizar sobre sua personalidade doentia do que confrontar o nazismo e seus apoiadores.

Embora a ideologia nazista tenha brotado no interior do Ocidente, o restante da Europa e os Estados Unidos souberam, naquela época, confrontar o mal quando o mal se mostrou assim tão patente. Hoje em dia, porém, parte do Ocidente parece ter esquecido seus valores e estar desprovido de bússola moral.

Entre a tirania dos aiatolás que espalha o terror no mundo e mantém seu próprio povo sob o jugo das leis islâmicas fundamentalistas, abusivas e cruéis e um minúsculo país democrático que luta pela sua existência cercado terroristas por todos os lados, parte da população dos países livres e democráticos optou por apoiar e torcer pelo lado mais trevoso.

Talvez estejamos vivendo tempos ainda mais sombrios do que o período da segunda guerra mundial, justamente por essa obtusidade moral disfarçada de pensamento crítico que criou teia de aranha nos cérebros de colunistas, comentaristas e acadêmicos que acham que estão sendo muito inteligentes e progressistas quando questionam grandiloquentes por que, afinal, Israel pode ter uma bomba atômica e o Irã não.

Por mais que se tente dissociar uma coisa da outra esse ódio todo a Israel nada mais é que a expressão contemporânea de um antissemitismo milenar.

O covarde antissemitismo de esquerda, que tenta negar seu nome, usa como mote geral da sua perfídia a orgulhosa confissão de antissionismo, alegando que este seria um mal inquestionável.

Eis aí: o sionismo não é um mal; trata-se do movimento legítimo que permitiu aos judeus, secularmente dispersos, perseguidos e tantas vezes sacrificados, construir um lar, reconquistar uma pátria.

Anular e difamar preliminarmente o significado e valor histórico e simbólico do sionismo evidencia insopitável inclinação antissemita.

Essas pessoas que optaram por tomar o lado do islamo-fascismo contra Israel, fazem um jogo retórico no qual deixam momentaneamente de lado o fato de que se trata aí da nação judaica, ou seja, do braço forte, do poderoso escudo de um povo que já foi massacrado e que prometeu para si mesmo que a barbárie do holocausto jamais iria se repetir.

Na verdade, todo o Ocidente democrático e livre já bradou um “nunca mais”. Como bem escreveu Andreas Scheiner, em artigo no jornal suíço Neue Zürcher Zeitung (NZZ), é um desalento, uma desilusão constatar que o mundo “abandonou o Estado judeu após o maior massacre em massa contra judeus desde a Shoah. Em vez de combater a ideologia genocida do islamismo, acusações de genocídio são direcionadas contra Israel”.

No referido artigo, diz-se o óbvio: não se trata de retirar de ninguém o direito de criticar o atual governo de Israel ou a forma como está sendo conduzida, por exemplo, a guerra em Gaza contra o Hamas. Qualquer crítica nesse sentido seria legítima.

O que vemos rotineiramente na mídia, porém, é mais que isso: é uma manipulação grosseira dos fato, uma distorção das coisas em desfavor de Israel, um uso retórico e carregado de linguagem que resulta da sua demonização.

Enquanto frequentemente se fala da ´guerra agressiva de Putin´ contra a Ucrânia, fala-se do ´genocídio israelense´”, nota Scheiner e continua:

No New York Times, Israel foi associado ao termo “genocídio” nove vezes mais frequentemente do que Ruanda, seis vezes mais frequentemente do que Darfur. Entretanto, nas situações mencionadas, as intenções genocidas eram cristalinas. Pode-se apontar muitas críticas à condução da guerra israelense. Mas falar em genocídio enquanto Israel – mesmo que insuficientemente – envia ajuda humanitária para Gaza não faz sentido. Sem mencionar que a população palestina cresceu de quase dois milhões para cinco milhões e meio desde 1990”.

O mesmo artigo nos traz ainda uma reflexão importante: os israelenses não estão muito preocupados com o que o militante ocidental woke de esquerda pensa do seu país. Eles estão mais ocupados com a sua defesa real que com a sua defesa retórica:

A incapacidade de conter o ataque da Hamas lembrou dolorosamente ao país que não pode se dar ao luxo da fraqueza. […] No estado judeu pouco se importa com os julgamentos do mundo. A segurança própria tem prioridade”, escreve o articulista suíço.

Para desespero de ativistas anti-Israel como a sueca Greta Thunberg, a euro-deputada franco palestina Rima Hassan, o brasileiro Thiago Ávila e milhares de outros que pensam e militam como eles, os judeus não estão passivos ante a ameaça do Hamas, do Hezbollah, dos Houthis e do Irã. Eles têm um poderoso exército, um Instituto de Inteligência e Operações Especiais invejável e eles vão se defender.

Alguns se irritam bastante ao constatarem que os judeus só se ajoelharão para seu Deus, permanecendo impávidos diante dos inimigos que almejam a sua aniquilação.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) e o Mossad revivem hoje um “judaísmo guerreiro e armado” que remete ao líder rebelde Simon Bar Kochba, o qual ousou a revolta judaica contra os romanos.

E assim tem que ser. Os israelenses não podem se dar ao luxo de contemporizar com inimigos que invadem suas terras, estupram suas mulheres, degolam seus bebês e metralham seus jovens.

A operação Rising Lion é um levante do povo judeu contra a teocracia perversa que o ameaça. Não é o primeiro; senão mais um dos muitos sem os quais Israel já teria deixado de existir.

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Catarina Rochamonte

Professora e escritora, com graduação, mestrado e doutorado em Filosofia, e pós-doutorado na área de Direito.

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (10)

Edilene Barreto

23.06.2025 01:02

Excelente artigo !! 👏🏻👏🏻👏🏻


Flávia Inácio Cordeiro

22.06.2025 21:22

Parabéns pelo artigo! Muito esclarecedor e inteligente!


MARCOS

22.06.2025 12:42

CONFESSO QUE FICO ALEGRE COM A POSSIBILIDADE DE UM MÍSSIL FATASL ATINGIR O BARCO COM A GRETA, THIAGO E OUTROS BABACAS. NÃO GOSTARIA NUNCA DE PENSAR ASSIM MAS DIANTE DO EXPOSTO, ME ALEGRO SE ISSO ACONTECESSE. SERIAM MENOS IDIOTAS NO MUNDO.


MARCOS

22.06.2025 12:32

OS ESQUERDISTAS (PELO MENOS OS BRASILEIROS QUE APOIAM O TERRORISMO) SÃO DOENTES MENTAIS. NÃO EXISTE OUTRA EXPLICAÇÃO PARA SEUS DELÍRIOS ASSASSINOS.


Marcia Elizabeth Brunetti

22.06.2025 12:27

Perfeito! Suas palavras, Catarina, deveriam reverberar para todos os lados. Quem me dera fossem levadas à sério pelo nosso governo palerma, imaturo, de ideologia insustentável.


Washington

22.06.2025 09:22

O Leão de Israel não está para brincadeiras.


Beth 11

22.06.2025 00:35

Excelente artigo, como sempre! Obrigada 😊


Ricardo Nery

21.06.2025 23:59

Parabéns!!! Luz para os imbecís!! Leite na cara dos caretas!!


F-35- Hellfire

21.06.2025 19:36

Parabéns professora, um alento ver sua erudição e busca da verdade! Pessoas ignorantes e despreparadas com são os petistas, principalmente o nazista Lule da Silva vomitam opiniões eivadas de tolices sem se preocupar de verificar o que afirmam e sem responsabilidade até com si mesmos. Com os petrodólares que têm à disposição compram opiniões e trabalhos de estudantes universitários orientados por professores maldosos a serviço da mentira e do mal em troca de tais petrodólares. Uma moça da USP redigiu um trabalho sobre a Palestina e o Estado de Israel baseado em mentiras e fatos distorcidos da realidade registrada da história verdadeira existentes em universidades europeias e americanas. Imprimi este trabalho por curiosidade e saltou aos olhos a narrativa mentirosa e distorcida, não sei como alguém tem a ingenuidade e talvez falta de caráter de assinar um lixo imprestável como esse. O professor com evidente má fé.


Sandra

21.06.2025 19:02

Não acho que seja a maioria do ocidente contra Israel, o povo não tem voz na mídia como representantes de governos tem. A maioria do povo é contra a Rússia e a favor de Israel, mas os destaques são de presidentes e alguns políticos que gritam suas opiniões absurdas como se elas fossem a opinião de todo um povo do país. Poucos jornais contestam isso, e felizmente alguns dos nossos políticos chegaram a ir a Israel apoiar seu governo quando o "representante" brasileiro falou asneiras a primeira vez.


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