Crusoé: E o IOF do Haddad?
Presidente carimbou o imposto na testa de seu ministro da Fazenda, mas é o responsável pelo descontrole fiscal, assim como o Congresso

Lula (à esquerda na foto) disse um absurdo tão grande no podcast de Mano Brown — que o Brasil pós-governo Bolsonaro lhe lembrava “a destruição de Gaza” — que quase passou despercebida a rasteira que ele deu em seu próprio ministro da Fazenda.
O presidente defendeu a “briga” pelo “IOF do Haddad” ao falar sobre os esforços de seu governo para aprovar aumentos nas alíquotas do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) ou qualquer outro com o qual o Congresso Nacional concorde.
“O IOF do Haddad não tem nada de mais. O Haddad quer que as bets paguem Imposto de Renda, que as Fatecs (sic) paguem Imposto de Renda, que os bancos paguem imposto. Não é Imposto de Renda, é pagar um pouquinho só. Para a gente poder fazer a compensação. Porque toda vez que a gente vai ultrapassar o arcabouço fiscal, a gente tem que cortar do Orçamento”, disse Lula.
Mas o IOF não é do Haddad, é do Lula.
É Fernando Haddad (à direita na foto) quem tenta sacar um truque atrás do outro para projetar a ilusão de que o governo tem alguma preocupação fiscal e vai cumprir seu frouxo arcabouço, mas o responsável pela situação que levou o Banco Central a elevar a taxa básica de juros para 15% ao ano na última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) é o presidente da República, que largou o governo na esperança de conseguir se viabilizar para a reeleição — para quê, gastar ainda mais?
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Uma (quase) defesa de Haddad
Se Haddad merece uma defesa, é esta: ele é apenas o responsável por tentar fazer parecer que está tudo bem. Não é exatamente uma defesa, mas uma constatação de que a culpa de Haddad na confusão fiscal é bem menor do que a de Lula, que bagunça a…
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