Crusoé: A breve e absurda vida do site Morte à Democracia
Site criado para satirizar pergunta do ministro do STF Dias Toffoli teve o domínio congelado por "decisão humana"
A discussão no Supremo Tribunal Federal, STF, sobre a regulamentação das redes sociais tem gerado preocupação sobre uma escalada sem precedentes de censura aos brasileiros.
Um exemplo da sanha censória que pode estar por vir pode ser constatada na absurda e breve história do site Morte à Democracia.
Durante as audiências no plenário do STF esta semana, o ministro Dias Toffoli perguntou a uma advogada se seria possível que alguém registrasse o domínio “www.morteademocracia.com.br“.
Toffoli ouviu como resposta: “Atualmente, se estiver disponível…“.
“Se estiver disponível, seria registrado. E para retirá-lo dependeria de uma decisão judicial em razão do artigo 19“, disse Toffoli.
Ao ouvir a sessão, o jornalista e biólogo Eli Vieira criou o site www.morteademocracia.com.br.
Além de ter um blog desde 2007, o site de traduções Xibolete, o site de divulgação científica Evolucionismo e de ser editor no site Gazeta do Povo, Vieira tem sido um dos principais defensores da liberdade de expressão nas redes sociais.
Mas o site ficou apenas 16 horas no ar.
Decisão humana
Ao investigar por que o site morteademocracia.com.br foi derrubado, Vieira ligou para o NIC.Br, que registra os domínios no Brasil.
A assistente respondeu que “o domínio está congelado por procedimento“.
Vieira pediu mais explicações.
“Não é por pagamento. Foi o próprio registro NIC.Br que fez o congelamento. Foi aqui, internamente“, afirmou a atendente.
Vieira enviou emails para a entidade perguntando qual seria o motivo do congelamento, mas até essa sexta, 29, não tinha recebido respostas.
Censura
A ideia de Vieira ao criar o site Morte à Democracia obviamente não foi acabar com a democracia do Brasil…
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