Crusoé: 70 milhões de americanos não querem destruir a democracia
Não há maior expressão do sentimento democrático de um povo quando uma população vota de forma voluntária em seu candidato preferido, sem qualquer tipo de pressão externa, em um processo limpo e justo
Ao declarar seu apoio à candidata democrata Kamala Harris na semana passada, o presidente Lula argumentou que, como “amante da democracia“, entendia que a vitória dela seria algo “muito mais seguro para a gente fortalecer a democracia dos EUA“.
“Vimos o que foi o presidente Trump no final do seu mandato, ou seja, fazendo aquele ataque ao Capitólio, uma coisa que é impensável acontecer nos EUA, porque os EUA se apresentavam ao mundo como modelo de democracia, e esse modelo ruiu”, disse o petista.
Obviamente, os mais de 70 milhões de americanos que votaram em Donald Trump nesta terça, 5, não querem destruir a democracia.
O simples fato de que esses milhões de americanos exerceram seu direito em um país onde o voto é facultativo indica um desejo de participar da democracia e fortalecê-la.
Esta eleição ainda tem sido marcada por um alto comparecimento entre os americanos que se dizem independentes ou que estão votando pela primeira vez.
Entre os independentes, 34% participaram da eleição. É um índice igual ao do que se dizem republicanos e maior que o dos democratas (32%).
A apuração dos votos ainda indica que o republicano vencerá no total de votos, algo que ele não conseguiu em 2016 na disputa com Hillary Clinton.
Expressão da democracia
Não há maior expressão do sentimento democrático de um povo quando uma população vota de forma voluntária em seu candidato preferido, sem qualquer tipo de pressão externa, em um processo limpo e justo.
É algo que se vê nos Estados Unidos desde o final do século 18, mas que não acontece na Venezuela de agora.
Mas mesmo essa demonstração genuína não será suficiente para mudar a narrativa de algumas pessoas como Lula, para os quais Trump quer destruir a democracia americana.
A esquerda brasileira…
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