Contra Israel, a história. Logo, em defesa de Israel, a história
Ignorar esse contexto é colaborar com o fim de Israel e, por consequência, da própria civilização ocidental
Todo estado soberano tem o direito inalienável de existir e proteger sua população. Esse princípio não é simbólico: está ancorado no artigo 51 da Carta das Nações Unidas – ainda que a ONU não sirva para mais nada -, que garante o direito à legítima defesa. Israel, há 76 anos sob ameaça contínua de aniquilação, exerce esse direito diariamente, e não por ser um direito, mas por simples questão de sobrevivência. Não se trata, portanto, de uma prerrogativa jurídica, mas de fundamental imperativo existencial.
A tirania teocrata iraniana, que executa homossexuais, enforca “infiéis”, apedreja mulheres que considera adúlteras e outras aberrações contra direitos humanos básicos, não apenas financia e arma grupos terroristas como o Hamas, em Gaza, e Hezbollah, no Líbano, responsáveis pelo maior massacre de judeus desde o Holocausto, em 7 de outubro de 2023, como também vem avançando perigosamente em seu programa nuclear, sob o pretexto de fins civis.
Relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmam que o Irã ultrapassou níveis de enriquecimento de urânio compatíveis com uso militar. Ou seja, o propósito está longe de ser civil e pacífico. O governo de Teerã se recusa a cooperar plenamente com os inspetores internacionais, e insiste em manter suas instalações subterrâneas fora de monitoramento efetivo. Pergunto: sendo ameaçado e atacado a todo instante, o que deveria fazer Israel a respeito?
Os fatos não mentem
Mais: há décadas, autoridades iranianas — inclusive o atual líder supremo, Ali Khamenei — fazem ameaças explícitas à existência de Israel. A retórica de “varrer Israel do mapa” não é acidental, nem vazia. Ela é acompanhada de financiamento a milícias, envio de armas de precisão a grupos terroristas e de uma estratégia militar clara de cerco assimétrico ao Estado judeu, da Faixa de Gaza ao sul do Líbano, passando pela Síria. Nunca é tarde lembrar do estatuto do Hamas, que prevê explicitamente a destruição do Estado judeu.
A alegação dos eternos antissemitas travestidos de humanistas, de que Israel violou normas internacionais ao atacar instalações nucleares iranianas ignora todos os dados históricos acima. O ataque de quinta-feira, 13 – Operação Rising Lion – que destruiu alvos estratégicos ligados ao programa nuclear iraniano, é uma resposta proporcional, cirúrgica e justificada. Não houve uso de ogivas nucleares e não houve bombardeios civis indiscriminados. Os alvos foram instalações militares de um regime fundamentalista que insiste em flertar com a aniquilação de povos que considera infiéis.
As críticas, de que as instalações nucleares estão protegidas por acordos internacionais, não resistem ao óbvio: o Irã viola reiteradamente tais acordos. Além disso, instalações nucleares escondidas sob montanhas e blindadas contra mísseis não são reatores para geração de energia limpa – são bunkers de guerra! As nações árabes vizinhas, inclusive, estão certamente satisfeitas com o trabalho de Israel, pois também vivem sob a ameaça fundamentalista dos aiatolás iranianos.
Lição histórica aprendida
Defender Israel não é questão de alinhamento ideológico ou, no meu caso, em causa própria por ser judeu. É uma questão de coerência moral. Particularmente, reconhecendo irrestritamente o direito israelense de contra-ataque, sinto profundamente toda a destruição causada em Gaza e todo o sofrimento imposto a um povo subjugado pelos terroristas do Hamas. Porém, que nunca reste a menor sombra de dúvidas: a culpa e a responsabilidade por tamanha tragédia humanitária não são e jamais foram de Israel.
O mundo, que assistiu em silêncio à ascensão do nazismo, também tinha tratados e protocolos. E todos eles falharam diante da barbárie. Antes de Hitler, outros morticínios localizados ao longo de toda a existência dos judeus, sobretudo na ex-União Soviética e resto do leste europeu, são retratados e documentados fartamente. Israel fez – e fará! – o que precisava ser feito. Porque a omissão, nesse caso, seria outro suicídio, como sempre ocorreu ao longo da história até 1948.
Diante deste histórico inegável de ameaças e violações, e do avanço nuclear do Irã, não há espaço para ingenuidade diplomática nem para hesitações morais artificiais. Israel agiu porque precisava agir. Fez o que qualquer nação responsável por milhões de vidas sob risco real, faria. Como ensinou Golda Meir: “Os árabes podem nos odiar, mas se eles baixarem as armas, haverá paz; se nós baixarmos as nossas, Israel deixará de existir“. Ignorar esse contexto é colaborar com o fim de Israel e, por consequência, da própria civilização ocidental.
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Comentários (2)
Rosa
13.06.2025 13:01👏👏👏👏
Maria da Conceição Melro da Costa Murad
13.06.2025 10:49Israel faz o que tem que fazer para a própria segurança, contra um país que usa de todos os meios para atacá-lo e tentar eliminá-lo.