Contra Israel, a história. Logo, em defesa de Israel, a história

09.12.2025

logo-crusoe-new
O Antagonista

Contra Israel, a história. Logo, em defesa de Israel, a história

avatar
Ricardo Kertzman
5 minutos de leitura 13.06.2025 09:41 comentários
Análise

Contra Israel, a história. Logo, em defesa de Israel, a história

Ignorar esse contexto é colaborar com o fim de Israel e, por consequência, da própria civilização ocidental

avatar
Ricardo Kertzman
5 minutos de leitura 13.06.2025 09:41 comentários 2
Contra Israel, a história. Logo, em defesa de Israel, a história
Foto: Reprodução

Todo estado soberano tem o direito inalienável de existir e proteger sua população. Esse princípio não é simbólico: está ancorado no artigo 51 da Carta das Nações Unidas – ainda que a ONU não sirva para mais nada -,  que garante o direito à legítima defesa. Israel, há 76 anos sob ameaça contínua de aniquilação, exerce esse direito diariamente, e não por ser um direito, mas por simples questão de sobrevivência.  Não se trata, portanto, de uma prerrogativa jurídica, mas de fundamental imperativo existencial.

A tirania teocrata iraniana, que executa homossexuais, enforca “infiéis”, apedreja mulheres que considera adúlteras e outras aberrações contra direitos humanos básicos, não apenas financia e arma grupos terroristas como o Hamas, em Gaza, e Hezbollah, no Líbano, responsáveis pelo maior massacre de judeus desde o Holocausto, em 7 de outubro de 2023, como também vem avançando perigosamente em seu programa nuclear, sob o pretexto de fins civis.

Relatórios da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmam que o Irã ultrapassou níveis de enriquecimento de urânio compatíveis com uso militar. Ou seja, o propósito está longe de ser civil e pacífico. O governo de Teerã se recusa a cooperar plenamente com os inspetores internacionais, e insiste em manter suas instalações subterrâneas fora de monitoramento efetivo. Pergunto: sendo ameaçado e atacado a todo instante, o que deveria fazer Israel a respeito?

Os fatos não mentem

Mais: há décadas, autoridades iranianas — inclusive o atual líder supremo, Ali Khamenei — fazem ameaças explícitas à existência de Israel. A retórica de “varrer Israel do mapa” não é acidental, nem vazia. Ela é acompanhada de financiamento a milícias, envio de armas de precisão a grupos terroristas e de uma estratégia militar clara de cerco assimétrico ao Estado judeu, da Faixa de Gaza ao sul do Líbano, passando pela Síria. Nunca é tarde lembrar do estatuto do Hamas, que prevê explicitamente a destruição do Estado judeu.

A alegação dos eternos antissemitas travestidos de humanistas, de que Israel violou normas internacionais ao atacar instalações nucleares iranianas ignora todos os dados históricos acima. O ataque de quinta-feira, 13 – Operação Rising Lion – que destruiu alvos estratégicos ligados ao programa nuclear iraniano, é uma resposta proporcional, cirúrgica e justificada. Não houve uso de ogivas nucleares e não houve bombardeios civis indiscriminados. Os alvos foram instalações militares de um regime fundamentalista que insiste em flertar com a aniquilação de povos que considera infiéis.

As críticas, de que as instalações nucleares estão protegidas por acordos internacionais, não resistem ao óbvio: o Irã viola reiteradamente tais acordos. Além disso, instalações nucleares escondidas sob montanhas e blindadas contra mísseis não são reatores para geração de energia limpa – são bunkers de guerra! As nações árabes vizinhas, inclusive, estão certamente satisfeitas com o trabalho de Israel, pois também vivem sob a ameaça fundamentalista dos aiatolás iranianos.

Lição histórica aprendida

Defender Israel não é questão de alinhamento ideológico ou, no meu caso, em causa própria por ser judeu. É uma questão de coerência moral. Particularmente, reconhecendo irrestritamente o direito israelense de contra-ataque, sinto profundamente toda a destruição causada em Gaza e todo o sofrimento imposto a um povo subjugado pelos terroristas do Hamas. Porém, que nunca reste a menor sombra de dúvidas: a culpa e a responsabilidade por tamanha tragédia humanitária não são e jamais foram de Israel.

O mundo, que assistiu em silêncio à ascensão do nazismo, também tinha tratados e protocolos. E todos eles falharam diante da barbárie. Antes de Hitler, outros morticínios localizados ao longo de toda a existência dos judeus, sobretudo na ex-União Soviética e resto do leste europeu, são retratados e documentados fartamente. Israel fez – e fará! – o que precisava ser feito. Porque a omissão, nesse caso, seria outro suicídio, como sempre ocorreu ao longo da história até 1948.

Diante deste histórico inegável de ameaças e violações,  e do avanço nuclear do Irã, não há espaço para ingenuidade diplomática nem para hesitações morais artificiais. Israel agiu porque precisava agir. Fez o que qualquer nação responsável por milhões de vidas sob risco real, faria. Como ensinou Golda Meir: “Os árabes podem nos odiar, mas se eles baixarem as armas, haverá paz; se nós baixarmos as nossas, Israel deixará de existir“. Ignorar esse contexto é colaborar com o fim de Israel e, por consequência, da própria civilização ocidental.

  • Mais lidas
  • Mais comentadas
  • Últimas notícias
1

Michelle se licencia do PL Mulher por problemas de saúde

Visualizar notícia
2

Pacheco sai em defesa de Toffoli após carona em jatinho de advogado do caso Master

Visualizar notícia
3

Tarcísio enfim comenta candidatura presidencial de Flávio

Visualizar notícia
4

Crusoé: Ministro que se rebelou por Lula vai mal em pesquisa

Visualizar notícia
5

Vorcaro pediu que Kassio Nunes assumisse seu caso no STF

Visualizar notícia
6

Como votou cada deputado no projeto que derrubou a prisão de Rodrigo Bacellar

Visualizar notícia
7

A relação entre o PL da Misoginia e a liberdade de expressão

Visualizar notícia
8

“Não vamos pressionar Maduro para que renuncie”, diz Amorim

Visualizar notícia
9

PM afasta tenente que matou Leandro Lo

Visualizar notícia
10

A viagem de Toffoli com advogado do Banco Master

Visualizar notícia
1

Pacheco sai em defesa de Toffoli após carona em jatinho de advogado do caso Master

Visualizar notícia
2

Michelle se licencia do PL Mulher por problemas de saúde

Visualizar notícia
3

Datafolha: brasileiros não se arrependem do voto para presidente em 2022

Visualizar notícia
4

"Chego para colocar o PSDB no centro do diálogo", diz Aécio

Visualizar notícia
5

Vamos falar de abusos e de “vulneráveis”?

Visualizar notícia
6

Moraes nega Fux no julgamento de Filipe Martins

Visualizar notícia
7

Tesouro dos EUA reafirma Magnitsky contra Moraes em carta a congressista

Visualizar notícia
8

Arruda anuncia filiação ao PSD com presença de Kassab

Visualizar notícia
9

Nova PEC da Segurança impede preso de votar e traz referendo sobre maioridade

Visualizar notícia
10

Motta pauta "PL da Dosimetria"

Visualizar notícia
1

“PL da Dosimetria” reduz regime fechado de Bolsonaro para 2 anos, diz relator

Visualizar notícia
2

Crusoé: Trump cutuca Otan e Europa

Visualizar notícia
3

Efeito Flávio Bolsonaro sacode mercado

Visualizar notícia
4

Descubra qual é o anjo da guarda do signo de Capricórnio

Visualizar notícia
5

“Não dá pra levar a sério”, diz presidente do PT sobre Flávio

Visualizar notícia
6

Governo encaminhará voto contra o “PL da Dosimetria”, diz Gleisi

Visualizar notícia
7

Crusoé: Como o PL da Dosimetria pode ajudar os condenados

Visualizar notícia
8

3 receitas de pavê fáceis e irresistíveis para adoçar o seu Natal

Visualizar notícia
9

“Colocar a dosimetria em pauta é um erro histórico”, diz líder do governo

Visualizar notícia
10

Dois caças americanos F/A-18s sobrevoaram o Golfo da Venezuela

Visualizar notícia

< Notícia Anterior

Crusoé: Os comandantes militares iranianos eliminados por Israel

13.06.2025 00:00 4 minutos de leitura
Próxima notícia >

Gilson Machado é preso pela PF por suspeita de obstrução de Justiça

13.06.2025 00:00 4 minutos de leitura
avatar

Ricardo Kertzman

Os comentários não representam a opinião do site; a responsabilidade pelo conteúdo postado é do autor da mensagem.

Comentários (2)

Rosa

13.06.2025 13:01

👏👏👏👏


Maria da Conceição Melro da Costa Murad

13.06.2025 10:49

Israel faz o que tem que fazer para a própria segurança, contra um país que usa de todos os meios para atacá-lo e tentar eliminá-lo.


Torne-se um assinante para comentar

Icone casa

Seja nosso assinante

E tenha acesso exclusivo aos nossos conteúdos

Apoie o jornalismo independente. Assine O Antagonista e a Revista Crusoé.