Sempre afoito – e afeito – em condenar o Estado de Israel pelas operações militares contra alvos terroristas em Gaza, usando como fundamento para os ataques informações divulgadas pelo tal Ministério da Saúde local, uma tentativa inútil de oficializar as mentiras distribuídas pelo grupo terrorista Hamas, o presidente Lula foi mais um que reverberou – sem admitir o erro e se desculpar posteriormente – a informação mentirosa de que o exército israelense havia bombardeado um hospital em território palestino, matando milhares (sim, milhares) de civis inocentes, inclusive mulheres e crianças.

Aquela não foi a primeira nem a última vez que o chefão petista mentiu grotescamente sobre Israel, e diante da recorrência e agressividade de suas palavras, não darei o tal “benefício da dúvida” ao presidente brasileiro – se ele foi, ou não, induzido a erro por informações que recebeu. Intuo que Lula, como grande parte da imprensa brasileira e mundial, acusam e atacam Israel até com certo gosto, pois todos “compram” as notícias contra os judeus e já saem “vendendo-as” sem o menor cuidado e checagem, afinal, trata-se, como dizem, do “Estado genocida” matando “criancinhas indefesas”.

Recentemente, em atitude pouco trivial, o jornal americano The Washington Post admitiu que errou ao noticiar “com excesso de certeza”, que tropas israelenses haviam matado mais de 30 palestinos próximos a um ponto de distribuição de ajuda humanitária em Gaza: “O texto falhou em esclarecer se a atribuição das mortes a Israel era uma posição do Ministério da Saúde de Gaza ou um fato verificado pelo Post. O artigo e o título foram atualizados na noite de domingo para deixar claro que não havia consenso sobre quem era o responsável pelos disparos e que havia divergências a respeito dessa questão.”

Viajando e mentindo adoidado

Dias atrás, em mais um passeio com selo de qualidade Janjatour, dessa vez à Rússia para os festejos do Dia da Vitória em Moscou, ao lado do carrasco Vladimir Putin e outros ditadores como Miguel Díaz-Canel, Nicolás Maduro e Xi Jinping, o pai do Ronaldinho dos Negócios circulava serelepe, abraçando efusivamente o tirano invasor, que abate civis ucranianos como se fossem moscas. Em entrevistas, Lula fez questão de relativizar a invasão – como sempre – e “espetou” a culpa pela guerra no lombo do presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenski, afinal, “Quando um não quer, dois não brigam.”

Ainda que em solo russo e, obviamente, o tema principal fosse a guerra na Ucrânia, Lula não se esqueceu de mentir sobre Israel outra vez: “Na Faixa de Gaza é um genocídio, de um exército muito bem preparado contra mulheres e crianças, a pretexto de matar terrorista, sabe?”. Em seguida, em viagem à China, novamente: “E eu espero que ele (Trump) possa dar uma contribuição para terminar o genocídio, a palavra, eu vou repetir aqui, para terminar o genocídio na Faixa de Gaza. Aquilo não é uma guerra, aquilo é um genocídio”. Mas como viajar é preciso, e falar mal de Israel também…

Outra vez respirando os ares parisienses, a “alma mais honesta desse país” voltou a… Isso mesmo! Atacar Israel: “A gente não pode permitir o discurso do presidente de Israel que diz todos os dias que quer ocupar a faixa de Gaza… As grandes vítimas não são soldados (do Hamas) que estão em guerra, mas mulheres e crianças inocentes”. É impressionante: Lula não tira Israel e as mentiras a respeito de sua boca. Mas que tal falarmos de todas as crianças inocentes vítimas de uma guerra, senhor presidente? “Senta”, como diz o Lito, do Aviões e Músicas, “Que lá vem história”.

Compaixão seletiva?

Em mais um ataque selvagem contra cidades e alvos civis na Ucrânia, nesta terça-feira, 10, a Rússia bombardeou a cidade de Odessa, atingindo prédios residenciais e comerciais e até mesmo uma maternidade. Ao menos 13 pessoas ficaram feridas, e seguramente há mortos (em números ainda não confirmados). Eis o “putinismo” que Lula tanto adula e com quem troca “juras de amor”. Ao carrasco sanguinário já não basta envenenar, torturar, fazer desaparecer e cair misteriosamente de varandas adversários políticos. Tampouco invadir países e dizimar populações. É preciso assassinar bebês e recém-nascidos.

São quase 15h e até o momento o Itamaraty não condenou o ataque, que utilizou 300 drones e também atingiu um hospital em Odessa, além de Kiev. Tampouco ouviu-se uma simples palavra do presidente brasileiro a respeito. Ou ele está se certificando dos fatos e das informações para depois opinar, o que seria louvável, ou simplesmente não se importa com as “crianças inocentes” ucranianas. Pergunta meramente retórica, claro: só as crianças palestinas merecem compaixão, presidente? Só Israel merece crítica, ainda que jamais tenha atacado qualquer hospital – muito menos maternidade?

Guerras – quaisquer delas – são trágicas e jamais deveriam ocorrer. Todas as vítimas, civis ou militares, devem ser sinceramente lamentadas. A destruição e a dor das populações envolvidas são das maiores tragédias humanas possíveis. Ponto. Infelizmente, por conta e ordem de psicopatas como Putin e afins, essas catástrofes acontecem. Estes são os verdadeiros culpados. São eles que devemos responsabilizar, perseguir e punir. Não o contrário. Não as vítimas, como o povo ucraniano invadido e os judeus barbarizados pelo Hamas. É tão difícil assim entender isso, presidente Lula, ou o senhor quer que eu desenhe?