As lições do caso do passaporte de Eduardo Bolsonaro
Oportunismo petista e histeria bolsonarista geram confusões no debate público

A esquerda com frequência apresenta notícia-crime contra rivais eleitorais, pedindo medidas drásticas, como fizeram, por exemplo, PDT, PSB e PV ao solicitar a apreensão de celulares de Jair e Carlos Bolsonaro em 2020, e o PT, ao fazer o mesmo em relação ao passaporte de Eduardo Bolsonaro, em 2025.
O encaminhamento desses pedidos por qualquer ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) à Procuradoria-Geral da República (PGR), para que o órgão se manifeste oficialmente a respeito, é mero trâmite burocrático, diante do qual, no entanto, o bolsonarismo tem ataques de pelanca, pelo pavor de que sejam atendidos.
O pedido de 2020 ao então ministro Celso de Mello era relacionado à apuração de interferência do então presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, sobre a qual já havia inquérito aberto. O pedido de 2025 a Alexandre de Moraes era relacionado à articulação no exterior contra o Poder Judiciário brasileiro, feita igualmente pelo lulismo quando a Lava Jato atingia Lula.
Nova temporada
Assim como o general Augusto Heleno, então ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, reagiu ao primeiro caso aventando “consequências imprevisíveis para a estabilidade nacional” (mesmo com Augusto Aras, indicado por Jair Bolsonaro, no comando da PGR à época), a família Bolsonaro usou o segundo caso para reforçar a justificativa da nova temporada de Eduardo nos Estados Unidos, onde, na verdade, o ex-fritador de hambúrgueres vai articular formas de evitar a prisão do pai, cujo julgamento no Supremo se inicia na terça-feira, 25 de março.
Depois de manifestação contrária da PGR e confirmação do arquivamento no STF, os velhos e novos porta-vozes do bolsonarismo alegam que os pedidos só não foram aceitos por causa das fortes reações bolsonaristas, que teriam emparedado a ditadura da toga; como se PGR e STF precisassem de medidas extras contra uma família que se enrolou na própria corda e está prestes a ver o ex-presidente no banco dos réus por tentativa de golpe de Estado.
Com pedidos exagerados e oportunistas, claro, os partidos da esquerda brasileira ajudam o bolsonarismo a explorar sua narrativa de alvo de perseguição política e ditatorial — narrativa turbinada, dessa vez, com a demora da equipe do procurador-geral Paulo Gonet em emitir parecer sobre o passaporte de Eduardo.
Com reações histéricas, autoexílio e choro, porém, o bolsonarismo escancara sua covardia.
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Comentários (5)
Luiz Filho
19.03.2025 18:36TAMUFÚ! Não temos uma extrema Direita. Temos uma Direita extremamente burra. É uma esquerda extremamente corrupta. A polarização deveria ser eliminada com a aniquilação de uns 10 de cada lado
Pedro Boer
19.03.2025 17:32O Eduardo deu um nó no Xandão! Petista pira !! rs
Fabio B
19.03.2025 17:15Fez cada e fugiu igual o covarde do Pai tinha fugido quando perdeu as eleições. A bundamolice e picaretagem está no DNA ou na criação?
CLAUDIO NAVES
19.03.2025 16:58Eduardo deu um cavalo de pau no STF !
José Marques Castello Branco
19.03.2025 16:02Tipicissímo de um ENRUSTIDO ENVERGONHADO QUE NÃO POSSUI CORAGEM DE ASSUMIR AQUILO QUE REALMENTE O É: Um Covarde, medroso e arregão, enfim nada a estranhar sendo quem o é e vindo de onde vem: Uma laia de infames ladravazes que vivem as expensas dos cofres públicos. Será que vai conseguir escapar do CHUTAÇO NOS FUNDILHOS QUE SERÁ APLICADO PELO $TRUMP ???