A patrulha dos mercenários contra os “isentões”
A turma que topa tudo por dinheiro volta suas baterias contra as vozes independentes

“Comentaristas” que aderiram ao bolsonarismo para engajar e monetizar mais facilmente nas redes aderiram também à patrulha contra “isentões” — aqueles que alertaram na raiz contra tudo que faria Lula voltar ao poder e o STF concentrar mais poder ainda.
Eles omitem que o bolsonarismo:
1) legitimou abertura do inquérito das fake news (com André Mendonça e Augusto Aras, indicados por Jair Bolsonaro, foto);
2) blindou Dias Toffoli contra CPI da Lava Toga (campanha de Jair, Flávio e Eduardo), enquanto o ministro blindava Flávio no STF contra investigações de peculato;
3) alimentou na raiz, portanto, o “alexandrismo” que depois o atingiu, já que Alexandre de Moraes virou uma espécie de relator-geral a partir do inquérito cuja abertura seria investigada pela CPI;
4) uniu-se ao sistema contra o combate à corrupção, desmobilizando a parte do povo que estava nas ruas contra a impunidade geral e facilitando a soltura de Lula;
5) blindou contra manifestações o aliado Gilmar Mendes (que garantiu a Flávio na Segunda Turma do STF um inédito foro privilegiado retroativo), mesmo após a mudança de voto do ministro ter derrubado a prisão em segunda instância;
6) declarou abertamente que “eu acabei com a Lava Jato” (Jair); que, se Kassio Nunes Marques tivesse “que votar a favor do Lula, que vote!” (Jair); que era “muito melhor o Lula solto” (Eduardo); e que “eu fui contra, sim, a CPI da Lava Toga” (Flávio);
7) trocou a substância da retórica antissistema (inicialmente baseada na Lava Jato) pelas presepadas contra urnas eletrônicas (as mesmas que deram ao PL a maior bancada de deputados federais);
8) governou para a bolha virtual de aloprados, afastando quadros técnicos e indicados não idólatras que alertavam Jair contra os perigos da radicalização;
9) teve todas as oportunidades de falar o que bem entendesse nos debates eleitorais na TV sobre os podres de Lula, mas permitiu que o petista se limpasse na sujeira da família, do governo e dos ativistas de Bolsonaro;
10) em vez de assumir sua parcela de responsabilidade e aceitar a derrota eleitoral, estimulou durante 2 meses atos e medidas que buscavam melar o resultado das urnas, com Jair chegando a consultar os chefes das Forças Armadas a respeito, como dois deles confirmaram à PF, e Braga Netto ordenando infernizar a vida do comandante da FAB e da família dele;
11) deixou a base radical mobilizada em estradas e portas de quartéis pedindo intervenção militar, e, como Jair não conseguiu adesão do Exército e da Aeronáutica, ele fugiu para os EUA, como quem acende o pavio e busca estar longe no momento da ‘explosão’, consumada no 8/1/2023;
12) agora, indiciado e denunciado, posa de defensor dos aloprados que instigou e abandonou, disfarçando a busca de anistia para si próprio (Jair) com uma reivindicação geral, mentindo em carro de som sobre não ter “obsessão pelo poder”, e explorando o evidente contraste entre os 17 anos de pena para alguns réus do 8/1 com a impunidade geral de criminosos do colarinho branco, enquanto omite que ele próprio atuou por essa impunidade em razão das “rachadinhas” familiares.
Os “isentões” se recusam a acobertar todos esses fatos históricos, porque sabem que é perfeitamente possível criticar as malandragens de um lado (governo Lula/STF/imprensa chapa-branca) sem aderir às malandragens do outro (bolsonarismo) ou comuns a ambos.
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Comentários (10)
Sandra
22.03.2025 20:33Só espero que nas próximas eleições os criminosos antigos e novos não possam ser candidatos e tenhamos alguém menos pior pra votarmos. O país não aguenta mais tantos deles
Ricardo Nery
22.03.2025 10:29Esse João Marques faz comédia?
Márcio Roberto Jorcovix
21.03.2025 10:44Caro João Marques. A ditadura é uma doença e o Lula está muito longe de ser o remédio, com seu incentivo ao pobrismo e estado grande. As pessoas estão começando a entender isto agora. Obviamente Bolsonaro também não é remédio para nada, mas um megalomaníaco doidão, que vai continuar inelegível. Que venham pessoas como Tarcísio de Freitas, Ratinho JR, Romeu Zema. Vamos virar o disco
Fabio B
19.03.2025 16:32Engraçado falar em coragem e 'luta contra a repressão' quando o Lula, no período militar, não era nada além de um informante do DOPS, vendendo greves para se beneficiar. Ele nunca foi um combatente contra a ditadura, mas um sindicalista esperto que jogava dos dois lados para garantir seu próprio futuro. Já Bolsonaro, por sua vez, era um sindicalista militar, reclamando de salário enquanto planejava atentados contra quartéis. Acabou expulso da corporação por desonra e, em vez de servir o país de verdade, virou parasita da política por décadas, mamando no sistema que diz criticar. Se tem alguém "isentão" é quem ignora essas verdades e escolhe fingir que um desses dois é herói, enquanto ambos sempre foram oportunistas e corruptos cuidando dos próprios interesses.
José Marques Castello Branco
19.03.2025 16:18Aonde estavam e por onde andavam estes INFAMES ISENTÕES quando o Jovem Luis Inácio lutava, batalhava e enfrentava a REPRESSÃO DO GOVERNO MILITAR que partia de cacete e metralhadora p/ cima dos TRABALHADORES QUE PARTICIPAVAM DOS MOVIMENTOS REIVINDICATÓRIOS DURANTE OS ANOS 70/80 ? Estavam com mêdinho, trepados em cima dos muros dos Quartéis ? Vão lamber os "Eggs" do seu infame EX-CROTO, que é tão ou mais covarde do que vocês o são !!!
José Marques Castello Branco
19.03.2025 16:10Tipicissímo de um ENRUSTIDO ENVERGONHADO QUE NÃO POSSUI CORAGEM DE ASSUMIR AQUILO QUE REALMENTE O É: Um Covarde, medroso e arregão, enfim nada a estranhar sendo quem o é e vindo de onde vem: Uma laia de infames ladravazes que vivem as expensas dos cofres públicos. Será que vai conseguir escapar do CHUTAÇO NOS FUNDILHOS QUE SERÁ APLICADO PELO $TRUMP ??? Isentões são uma réqua de Bichos Escrotos que volta e meia surgem lá das profundezas das redes de esgoto sociais e p/ dar uma de intelectuau,au, au ficam pendurados pelos muros. Oh raça de coisas ruins !!!
Fabio B
19.03.2025 14:30Entendo que, em algumas situações, pode haver um "menos pior", mas esse definitivamente não foi o caso na última eleição presidencial. Rejeitei ambos os criminosos: Lula, um ladrão condenado pela justiça voltando à cena do crime, e Bolsonaro, um ladrão a ser condenado pela justiça que traiu todas as pautas e ainda foi responsável pelo Lula estar livre para concorrer. O país está um caos hoje sem perspectiva de melhora, mas tenho certeza de que estaria tão ruim ou pior se Bolsonaro tivesse vencido. De qualquer forma, jamais sujaria meu dedo para votar e validar a eleição de qualquer um desses vermes malditos.
Fabio B
19.03.2025 14:20Ser chamado de "isentão" por rejeitar tanto Lula quanto Bolsonaro é uma contradição completa. Isento é quem não tem opinião, quem fica em cima do muro. Mas quem rejeita os dois tem, sim, uma posição clara: recusa ambos os criminosos como candidato, se opõe ativamente contra os dois. O verdadeiro "isentão" é quem escolhe um lado e finge não ver os erros do próprio candidato que idolatra.
Marcelo Tolaine Paffetti
19.03.2025 13:53De um lado me chamam de isentão, de outro me chamam de fascista. E eu chamo todos eles de idiotas. Lulismo e bolsonarismo, dois lados da mesma moeda falsa.
Guilherme Rios Oliveira
19.03.2025 13:44Sou e sempre fui um "isentão", mas ao contrário da leitora Liana, não acredito que sejamos maioria, porque se assim fosse, o país não estaria nesta péssima condição em todos os aspectos.