A diferença entre Érika Hilton e a filha de Roberto Justus
Enquanto pregam “guilhotina” para empreendedores de sucesso, locupletam-se dos crédulos em seus discursos fakes
Quando Érika Hilton apareceu em uma foto com uma bolsa avaliada em R$ 27 mil, a esquerda militante a aplaudiu de pé. Foi a emancipação, o símbolo de resistência, a vitória da mulher negra, pobre e oprimida contra o patriarcado burguês.
Comentários eufóricos, em contraponto com outros, que apontavam a incoerência estética da imagem, celebravam a travessia: de pessoa trans periférica à deputada capaz de ostentar uma Bottega Veneta. Ou marca parecida.
Nenhuma crítica séria sobre o fato de que, embora seja uma compra pessoal, o salário parlamentar que viabiliza esse luxo vem dos cofres públicos, ou melhor, dos “pobres oprimidos pelo capitalismo selvagem dos super-ricos”.
A primazia da virtude
Nenhuma reflexão sobre austeridade, prioridade ou exemplo se viu ou ouviu a respeito. Bastou, no entanto, que a filha de Roberto Justus aparecesse com uma bolsa de R$ 14 mil, para que as mesmas vozes militantes entrassem em surto moral.
Foi “pornografia capitalista”, “futilidade da elite branca”, “ostentação indecente”. Tudo porque a bolsa foi comprada com dinheiro privado, fruto de quem, goste-se ou não, gera receita, paga impostos e consome sem recorrer ao orçamento do Estado.
A esquerda brasileira, em seus delírios revolucionários de Instagram, adora um rico socialista. Gosta de símbolos de luxo, desde que quem ostente esteja do lado “certo” da história – o que diz lutar contra privilégios enquanto vive deles.
Eternos pobres de espírito
Enquanto pregam “guilhotina” para empreendedores de sucesso, locupletam-se dos crédulos em seus discursos fakes. A militância ignorante paga e seus defensores gastam. É a moralidade de ocasião vestida de Balenciaga da Galeria Pagé.
No fundo, o que importa para essa turma não é de onde vem o dinheiro e o artigo de luxo que pode comprar, mas de quem vem. Se for “um dos nossos”, qualquer mimo vira ato político. Se for “um dos outros”, vira crime moral.
Essa lógica seletiva revela que a militância esquerdista não quer igualdade. Aliás, jamais quis. Quer privilégio com narrativa bonita para chamar de sua, e continuar lacrando sobre aquilo que mais quer, mas jamais terá: autonomia e independência intelectual.
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Comentários (5)
Ita
08.07.2025 15:29Inveja, frustração e outros predicados. É a famosa esquerda.
Marcia Elizabeth Brunetti
08.07.2025 14:26Erika Hilton, o símbolo da resistência dos "seres" negres esbranquiçades, loires artificialmente, sobrenomes de dondoca estadounidense,
Carlos Augusto Lins Brito Da Silva
07.07.2025 17:02Perfeito. Escancara a hipocrisia da esquerda, que sempre se apresenta mentirosa, violenta (de várias formas) e oportunista.
Olinha
07.07.2025 16:48Irretocável, como sempre👏🏼👏🏼
ale
07.07.2025 16:30Finalmente Ricardo Kertzman....