A arte de explicar Dilma
A atrapalhada oratória da ex-presidente instiga ao deboche por escancarar um dos motivos da recente tragédia política brasileira

Dilma Rousseff (foto) voltou a chamar a atenção do Brasil por sua oratória. A ex-presidente, deposta por um impeachment em 2016, disse, em Roma, que Francisco se destacou por ser um papa “religioso”.
“Ou seja, um papa que ligava uns com os outros”, completou Dilma. Junto com as piadas que destacaram a obviedade de uma declaração como essa, vieram, como de costume, as explicações.
“Dilma não diz que ele era ‘muito religioso’, ela diz que ele era religioso, se referindo à origem da palavra ‘religare’ e completa: ‘ele unia, ligava as pessoas’”, disse um dos explicadores.
Esse explicador chegou a classificar, na defesa viralizada, a ex-presidente como “uma das maiores mulheres da história do Brasil”, o que advoga contra a explicação, por demonstrar seu caráter político.
Deboche
Dilma virou piada em 2013 ao sugerir “estocar vento”. Desde então, seus admiradores tentam encaixar novas tecnologias no conceito pioneiro vislumbrado pela petista.
A ex-presidente também tropeçou nas palavras, entre outras vezes, quando disse que o “Sul Global”, conceito da moda na esquerda do Sul Global, “conta também com países do Norte”.
Daquela vez, os aliados disseram que o Sul Global é isso mesmo, que tem países do Norte. Mas a pergunta é: por que ela disse isso desse jeito? Por que Dilma sempre se expressa de forma confusa?
Oratória
O fato é que Dilma foi inventada politicamente por Lula. Ela nem sequer foi eleita presidente da República em 2010, pois serviu de avatar para ele.
A candidatura da “mãe do PAC” foi um estratagema friamente calculado para um terceiro mandato de Lula, que pretendia retornar em pessoa quatro anos depois, para o que seria o quarto mandato, antes de um quinto.
O plano não deu certo, e aqui estamos. Cada uma das declarações atrapalhadas de Dilma, que ganhou sobrevida política como presidente do banco dos Brics, lembra isso aos brasileiros.
O problema da petista não é de intelecto, apesar de seus alegados conhecimentos econômicos terem levado o Brasil à depressão, mas de oratória. E um político sem oratória não é nada, ou pelo menos não deveria ser.
É por isso que a atrapalhada oratória da ex-presidente incomoda e instiga seus críticos ao deboche, porque atesta um dos motivos da recente tragédia política brasileira.
Não tem graça
O plano de Lula para voltar quatro anos depois de sua criatura política deu tão errado que não prejudicou apenas o PT, mas o país inteiro, ao alçar ao Palácio do Planalto alguém não apenas sem capacidade para falar em público, mas sem disposição para fazer política e governar.
Essa tentativa insistente de explicar Dilma é, também, uma tentativa de justificá-la como presidente da República.
Ainda que seja possível explicar o que ela quis dizer, toda vez que se exerce essa delicada arte fica mais claro que sua passagem pelo Palácio do Planalto não tem justificativa.
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Comentários (9)
ALDO FERREIRA DE MORAES ARAUJO
29.04.2025 19:33Acredito que uma possível explicação passa por um exame neurológico/psiquiátrico, por enquanto é inexplicável e hilária.
Amaury G Feitosa
28.04.2025 16:48Ainda bem que a Janja aos prantos conseguiu demover o Lula de ser candidato a papa, a italianada mafiosa ia se ferrar com a genial DilmANTA presidente do Banco do Vaticano, onde DIZEM as más línguas o molusco tupi e outros santos braziliânus tem muita grana ... terão ??? Nem Zeus sabe.
Andre Luis Dos Santos
28.04.2025 14:36Essa ANTA não tem competência pra NADA! Ponto final. Qualquer um que defenda essa mulher, ou e burro, ou e canalha, ou os dois. Ela ter ganhado a eleição em 2010 foi um milagre do marketing politico (que com $ ROUBADO, e facil), e a reeleição em 2014, essa sim, foi o maior ataque à democracia no Brasil, em todos os tempos. BILHÕES de $ ROUBADO de estatais pra financiar a campanha dessa LOSER. E a propaganda eleitoral mais rasa e IMUNDA que já existiu. Se Marina Silva tivesse um MINIMO DE VERGONHA NA CARA, jamais se associaria novamente a Lula e seu LIXO de ParTido. Enfim, é isso o que temos. O ladrao de nove dedos "governando" de novo. Mas, #2026 vem ai e, se Deus quiser, vao ser varridos do poder pra sempre e ir pro lixo da história, que é o que merecem.
Alessandro Campos Moreira
28.04.2025 13:20Quem tem mais deficiência cognitiva, a Dilma ou o eleitorado brasileiro, que a elegeu duas vezes?
Alexandre Ataliba Do Couto Resende
28.04.2025 12:59Mãe Dilma, dilmando. Na China está no lugar perfeito, bem longe e ninguém entende o que ela diz.
saul simoes junior
28.04.2025 11:57Por que essa perseguição à Dilma, é só ver a entrevista do iluminado presidente do STF falando sobre o papa. Só tem bobagem, pior ou igual a da Dilma, só que embaladas numa linguagem pomposa, e aí ninguém comenta!
CLAUDIO NAVES
28.04.2025 11:44O nível intelectual dessa mulher envergonha o país !
Claudemir Silvestre
28.04.2025 11:29Depois ainda querem que o Brasil de certo com este nível de pessoas no comando do país 🤷🏻🤷🏻🤷🏻
Fabio B
28.04.2025 11:23A lembrança da flagrante deficiência cognitiva de Dilma Rousseff lembra bastante o "Mito" Jair Bolsonaro. Assim como Dilma, Bolsonaro demonstra incapacidade de articular ideias claras, tropeçando em conceitos básicos. Basta lembrar seus discursos sobre vacinação, meio ambiente ou até mesmo sobre economia, sempre recheados de absurdos e contradições. Mas o Bolsonaro lembra também outra figura petista, mas dessa vez associado as práticas corruptas do atual presidente Lula. Enquanto o Lula foi condenado por corrupção em vários processos, mesmo que posteriormente tenha sido "descondenado" e recuperado seus direitos políticos por questões processuais. E o Bolsonaro, embora não tenha sido condenado "ainda", acumula inúmeros indícios de corrupção, como o caso de desvio de dinheiro público, notas frias, rachadinhas, a compra de dezenas de imóveis pagos em dinheiro vivo, a má gestão de recursos públicos durante a pandemia e as suspeitas envolvendo joias e tráfico de influência no exterior. Assim, o Bolsonaro acaba sendo uma fusão do pior da Dilma com o pior do Lula. A mistura da limitação intelectual de uma com as práticas corruptas do outro. E o resultado do bolsopetismo foi devastador para o país, tirando o curto período de normalidade do governo Temer, foram praticamente 25 anos perdidos, crise econômica, com retrocessos institucionais, degradação moral da vida pública e populismo barato que flerta tanto com a ignorância quanto com a desonestidade.